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TRANSmitindo pensamento

Ao longo dos anos tive de conviver e enfrentar a Transfobia institucional de maneira racional. Ultimamente tenho pesquisado em absoluto o quanto essa violência afeta psicologicamente e profissionalmente vidas de pessoas travestigeneres. O silêncio de empresas e instituições diante da transfobia é a réplica da violência abusiva desse CIStema patriarcal, até quando teremos que ouvir de gestores e coordenadores que devemos “abafar o caso” diante a esses abusos?

Junto com o silêncio, ouvimos mais desaforos transfóbicos, ex: “você é privilegiade por ter um emprego, o mercado de trabalho para pessoas trans é muito difícil…” e outras baboseiras que sinceramente me causam ânsia e repúdio. Como agir diante da necessidade e da dor? As pessoas atrelam nossas trajetórias ao vitimismo, como se fossemos pessoas coitadinhas que imploram um espaço para sobreviver, esquecem o propósito de direitos humanos. É o que sempre digo, diversidade LGBTQIA+ em empresas e instituições não significa participação e pertencimento.

Esse é um tema extremamente delicado, algo que vem de uma raiz histórica, estrutural e segue comprometendo nossas vidas. A poda de nossa existência vem de todos os lados e muitas vezes de maneira sutil, educada e com belos sorrisos envolvidos em pseudo afeto. Fiquem atentes honeys!

A amplitude do assunto é tão vasta que aos poucos compartilharei com vocês minhas experiências de pesadelos vividos e apontando responsáveis. Cheguei em uma fase da vida em que não mais “abafarei casos”, os casos devem ser expostos, escancarados, precisamos evidenciar o opressor! BASTA!

Diante dessa partilha deixo uma provocação para vocês, será que podemos resolver esses casos apenas na terapia (lembrando que nem todes tem acesso) e seguirmos a jornada torcendo para que não aconteça de novo? Quais medidas podemos tomar?

Penso que redes de fortalecimento e acolhimento possam nos ajudar a enfrentar o inimigo disfarçado de complacência, só conseguiremos TRANSformar a partir do fortalecimento coletivo. Bjas

AXÉ!

Uma resposta

  1. Ótima provocação! Vejo que o pouco que foi conquistado por pessoas trans e travestis é bem menos que o mínimo aceito para se viver. Mas podemos estar a passos lentos, mas a direção é sempre pra frente! Parabéns pelo texto!

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