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Quem nunca se perguntou?

Não é raro ouvirmos de alguém ou lermos postagens em redes sociais, coisa do tipo: “Se pudesse voltar no tempo, qual conselho você daria para “o você” de 15 anos de idade?”.

As respostas são diversas, porque cada pessoa carrega histórias diferentes, alegrias diferentes, tristezas diferentes, vidas diferentes.

O que me ocorreu ao assistir “Ser O Que Se É” foi um sentimento de nostalgia e como, com a maturidade, reconhecemos nossas inseguranças da transição da adolescência para a vida adulta em outras pessoas. Pessoas são diferentes, porém, sentimentos e temperamentos podem ser parecidos. Afinal, a saída da adolescência traz o mesmo sentimento para pessoas com baixa autoestima e/ou muito tímidas.

O filme, “Ser O Que Se É”, com roteiro de Marcela Lordy e Josefina Trotta, é uma adaptação da carta “A Garota do Maiô Vermelho”, de Jessica Gómez. Apesar de ser um filme que trata do universo feminino, é muito fácil de sentirmos o que a narradora-observadora sente. Ela faz inúmeros questionamentos sobre a vida e como as mudanças ocorrem.

É preciso aproveitar ao máximo a vida, porque a contagem regressiva para a morte se inicia no momento do nascimento. E o filme, com uma fotografia linda, mostra que precisamos ser o que somos. Quando conseguimos romper a barreira da autoaceitação, conseguimos ser mais felizes. Muitas vezes terminamos por romper essa barreira na vida adulta e o que sobra são os questionamentos.

Tudo em “Ser O Que Se É” é perfeito; roteiro, direção, fotografia, arte. É daqueles filmes que você assiste e passa muito refletindo sobre ele. Quando isso acontece é porque o filme é ótimo e o espectador imerge naquele mar de possibilidades que a vida oferece. Qualquer pessoa, independentemente da idade, etnia, religião, gênero etc, vai fazer perguntas para si mesmo sobre a sua vida e suas etapas.

Como diz minha colega de trabalho, Fernanda Quint, do Portuguese With Movies, é um filme que “deixa o coração quentinho”. Realmente, “Ser O Que Se É” tem essa proposta de reflexão sobre sair do casulo e viver intensamente a vida porque essa é a única que temos.

Então, voltando à pergunta do primeiro parágrafo, o conselho que eu daria para o Marcelo de 15 anos de idade seria: aproveite a sua vida ao máximo.

“Ser O Que Se É” é uma produção da Maria Farinha Filmes.

 

FICHA TÉCNICA

Ser O Que Se É

Direção:  Marcela Lordy

Roteiro: Marcela Lordy e Josefina Trotta

Gênero: Drama

País: Brasil

Duração: 7 minutos

3 respostas

  1. Em função da formação cristã vivi a adolescência tentando conquistar o direito de morrer e ir para o céu. Uma vez fui responsável pela pregação no culto noturno, foi meu êxtase então desejei ser pastora. A mudança de planos aconteceu quando um pastor da ala progressista foi designado. Me foi apresentada a Teologia da libertação, quando comecei a questionar o papel da igreja diante dos socialmente excluídos. Abandonei a igreja e fui para a militância política com o objetivo de construir o mundo melhor de onde nunca mais saí.

  2. Fui um “adolescente velho” e hoje um “coroa adolescente”! Muitas vezes me pergunto como pode pais e mães de jovens conseguirem ser ranzinzas! A filha de uma colega aposentada, isto é, a filha provavelmente criada em creches desde os 4 meses de idade, completando 18 anos de idade, o que a “mãe” disse a ela foi que ela já podia ser presa, comentario infeliz numa data tão importante e, o bolo era um bolo pequeno de padaria! A Fisionomia tristonha com uma mãe “madrasta”, me despertou piedade e desejei a jovem saúde, paz e momentos de Luz nas decisões que vir a tomar, lembrei do vestibular, curso superior e carreira!

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