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O abraço nosso de cada dia

Abraço apertado de duas pessoas com sorriso no rosto em algum bar noturno. No fundo aparecem pessoas desfocadas. #pracegover

Há noventa dias um vírus paralisou milhares de pessoas, impossibilitou encontros, reencontros, romances, aniversários, casamentos, noivados e viagens, mas, o pior disso tudo é ficar sem o abraço daqueles que amamos e nos fazem bem.

O abraço nos desmonta quando estamos irritados, nos aquece quando estamos indiferentes, nos acalma quando estamos agitados. Abraçar une, abriga, acalenta. Abraço é laço!

No livro, “A terapia do abraço” de Kathleen Keating diz que um abraço pode tornar mais saudável quem já é saudável, mais feliz quem já é feliz e faz com que a pessoa mais segura dentre nós se sinta ainda mais segura.

Mas como abraçar em tempos de pandemia?! Quando aquele amigo (a) perde um ente querido e você não pode abraçá-lo (a) ou quando seu único presente é a presença?! O abraço tem o poder de curar almas feridas e apaziguar desentendimentos. Talvez você não tenha percebido, mas provavelmente você já abraçou alguém tão forte que sentiu dois corações batendo simultaneamente. Tem também aquele abraço perfumado que fica cravado em você por dias. Abraço é lembrança, afeto. Tem abraços que a gente nunca esquece. Pessoas vêm e vão, mas os abraços sempre ficam.

Eu tive a sorte de aniversariar um pouquinho antes da pandemia nos bloquear. Recebi dezenas de abraços, guardo todos como um antídoto e me fortaleço nesses abraços que recebi.

Vivemos tempos cruéis onde abraçar nunca se fez tão necessário, contamos os dias para que tudo volte ao “novo normal” para que possamos nos abraçar novamente. Quando isso ocorrerá, não sabemos. Mas tenho a certeza que algo irá mudar para melhor, talvez já tenha mudado, no nosso íntimo. Nem todos serão impactados com os regozijos do dia a dia, os mais sensíveis são mais perceptíveis aos recados que o universo nos traz.

Num mundo cheio de ódio, intolerância e preconceito gratuitos – seja luz. Sim, brilhe! Afetos afetam e nós podemos fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Que a mudança comece através de cada um de nós e quando pudermos nos abraçar novamente que seja apertado, verdadeiro e longo – como café quente, degustado lentamente.

Quando tiver oportunidade, abrace – deixo aqui o meu abraço!

Para ver mais textos de Daniela Houck, confira sua coluna Café com Respeito!
(Imagem de StockSnap por Pixabay)

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