Search

Não brinque de ser feliz

uma mulher feliz e pulando com guarda-chuva na mão. Ela encontrou sua outra metade em si. #pracegover

Certa vez escutei que não podemos ser metade de ninguém, metade são coisas incompletas. Assim, como um bom suco de laranja não fica saboroso com apenas metade da fruta e/ou como uma nota de dinheiro pela metade se torna inutilizável. Até o Fabio Junior precisou colher incansáveis “metades da laranja” até encontrar alguma inteira (risos).

Vamos supor que você não encontre a sua outra “metade”, você continuará incompleto (a)?! Claro que não! Porque nós somos inteiros e precisamos estar inteiros para construirmos relacionamentos fortes e saudáveis. Não existe meio amor, meia amizade ou meio irmão, justamente por sermos pessoas inteiras.

Você não precisa estar acompanhado (a) para se sentir completo (a), a nossa própria companhia nos basta. Só assim conseguiremos somar em qualquer tipo de relacionamento. Você pode dividir tarefas, contas – mas quando pensamos nas relações o que conta é sempre o que o outro tem a nos acrescentar.

Claro que no meio do caminho nós podemos nos despedaçar, mas infelizmente ninguém irá juntar nossos pedaços, nós temos que colá-los muito bem para que o outro não se corte ao tocar-nos.

Nossa alma não tem cor, nem forma, muito menos tamanho ou barreiras. Somos tudo aquilo que temos no coração. Se algo te feriu, cure-se para não sangrar em cima daqueles que não saberiam cuidar das suas cicatrizes. A vida é feita de sentimentos, temos que guardar o que foi bom, o que não foi descarte. Principalmente se o “lixo” for tóxico.

Segundo o dicionário, amor platônico é qualquer tipo de relação afetuosa ou idealizada em que se abstrai o elemento sexual, por vários gêneros diferentes, como em um caso de amizade pura, entre duas pessoas. Também pode ser um amor impossível, difícil ou não correspondido. Acredito que todos têm ou teremos um amor desses em algum momento das nossas vidas. Sentimento não dito nos faz sangrar lentamente, liberte-se. Já vi pessoas adoecerem por guardar (res) sentimentos.

Perdi um amigo para a leucemia no final da adolescência e só descobri que ele era apaixonado por mim depois que ele faleceu. Algumas vezes vi os olhos dele brilharem mais que o normal, mas nunca desconfiei. Só soube através da mãe e de dois amigos dele tempos depois. No fundo ele sabia que não seria correspondido, mas gostaria de ter tido oportunidade de conversar com ele sobre o assunto.

Quem nunca se “apaixonou” por um professor (a) na época da escola?! Eu já. Uma vez alimentei um desses amores platônicos que resultou em alguns beijos, daqueles de cena de filme. Só que dessa vez o sentimento era mútuo. Mas o destino, sensato, achou melhor seguirmos com a amizade que estávamos construindo. A única conversa que tivemos sobre o assunto após o ocorrido, foi sobre o medo da paixão não dar certo e perdermos nossa amizade. Não queríamos nos perder e seguimos numa amizade que perdura mais de vinte anos.

Se for para ser o destino se encarregará de tudo, no momento certo. Sentiu saudade, suspenda o orgulho. E quando esse momento chegar permita-se ser feliz, o tempo não volta. Não tenha medo. Acalma seu coração e não brinque de ser feliz, leve a sério.

Para ver mais textos de Daniela Houck, confira sua coluna Café com Respeito!
Imagem de Pexels por Pixabay

Entre em nosso grupo de WhatsApp Boletim Pró Diversidade e receba notificações das publicações do site.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *