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Influencer de absurdos

Não precisamos de muito esforço para ver que, apenas uma pequena porcentagem segue evoluindo como ser humano. Fake news, negacionismo, consumismo desenfreado, egoísmo, falsidade, intolerância, pessoas tóxicas, soberba, diálogos superficiais, materialismo, relações rasas, descompromisso e desamor. Existem milhares de criaturas que sentem prazer em mentir, humilhar e enganar. Há um orgulho por trás desses indivíduos pobres de espírito, vejo até um brilho obscuro no olhar com sabor de vingança e/ou destruição.

Qual o prazer em divulgar uma informação falsa?! O que passa na cabeça de uma pessoa que tenta convencer de que uma mentira seja verdadeira?! O que ela ganha com isso?! Seguidores?! Likes?! A desinformação pode matar, a ignorância também!

Passeando pelas redes sociais, me deparei com um perfil de uma jovem que perdeu um familiar de covid e logo na sequência começou a postar notícias falsas sobre a vacinação em massa. Não vou divulgar o perfil para não dar ibope para uma idiota qualquer. A “cidadã de bem” se apresenta como terrivelmente evangélica e totalmente antivacina. Nem preciso mencionar quem é o político preferido dela, né?! Fico pensando no eco que faz na cabeça dessas pessoas. E pasmem, em poucos dias ela saiu do anonimato e ganhou milhares de seguidores. Ela é formada na área da saúde? Não! Tem conhecimento na área? Não! Estuda sobre os assuntos abordados? Não. Só pode estar ganhando dinheiro com esses posts. Pelo linguajar chulo, frases prontas e completamente desconexas da para perceber que ela não tem entendimento algum. Pior que os cloroquiners piram nas viagens que ela faz. É tanta viagem que a maconha ficou com inveja.

Detalhe, a tal garota que se acha “influencer” (de idiotices e absurdos) não mora no Brasil. Será que ela tem noção que divulgar notícias falsas é crime?! Será que ela sabe quais são as leis no país que reside?! A pessoa está tão mergulhada na própria ignorância que não tem ideia que a página dela está sob investigação. Será que o passaporte de imbecil do ano está carimbado?! Não sei o que dá mais nojo, as coisas que ela posta ou os comentários dos desinformados que a seguem. Só sei que não tenho estômago para lidar com este tipo de gente medíocre, vazia e mau caráter.

Percebi que muitos ali se acham donos da razão absoluta. Bostejam “verdades” impostas numa paranóia religiosa coletiva, que está mais para seita satânica, convenhamos. Acreditam em vacinas com chip, com restos mortais de fetos, marca da besta, controle populacional, preparação para Nova Era, Nova Ordem Mundial, transe maligna, cobaias experimentais e por aí vai. Ah, dizem também que a ciência é demoníaca. Será que eles não tomam remédios e não vão ao médico?! A ciência é demoníaca, mas a tecnologia não?! A conta não fecha! Li dia desses uma frase que resume bem esses lunáticos – quem quer chipar pessoas fodidas na vida?! Pode rir, eu deixo!

Desculpe – me os fanáticos religiosos (de qualquer religião), ainda prefiro os ateus. Na grande maioria das vezes são muito mais humanos e solidários. Quem arrota santidade sempre tem algo a esconder – de frustrações a crueldades.

Há uma pesquisa polêmica que pode explicar que as “fake news ou mentiras do bem” são mais antigas do que imaginamos. O professor americano Bart D. Ehrman, um dos maiores estudiosos bíblicos de todos os tempos, em seu livro “Forjado: escrevendo em nome de Deus”, afirma que 11 livros do Novo Testamento foram escritos por impostores. Numa entrevista ele relata que havia muita gente no mundo antigo que recorreu à mentira por achar que estava prestando um serviço à comunidade. O autor diz também que relatos sobre a morte do apóstolo Paulo foram inventados, inclusive os trechos escritos por Pedro e João que eram analfabetos. Não existiram autores, eles foram adicionados com o passar do tempo por copistas. Reafirma também várias contradições num mesmo texto. Segundo Ehrman, essa prática de escrever textos bíblicos e assinar como se fosse alguma personalidade religiosa entre os povos naquele tempo, serviu apenas para estabelecer padrões de religião e sociedade. É exatamente nesta teoria que eu acredito, obrigada Ehrman.

Uma mentira contada mil vezes, continua sendo uma mentira! A mentira ou fake news morre quando chega aos ouvidos de uma pessoa inteligente. Ta passada?!

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