Search

Especial Halloween Aleatoriezando – Em Hellraiser o que há de pior não é o que parece

O mês de outubro chegou e como já diria a grande cantora pop Kim Petras, o Halloween é o natal dos LGBT+ e eu como um ardoroso fã da temática horror não quero ficar de fora, então vou começar uma pequena série que (espero) manter pelo mês falando sobre produções recentes do horror.

Decidi começar com o mais novo Hellraiser que assisti recentemente e que me surpreendeu positivamente, sendo uma produção muito bacana e que revitaliza a franquia que já tanto sofreu com continuações para lá de questionáveis. Bom, vamos para o que realmente interessa, não é mesmo?

Hellraiser é uma franquia de filmes inspirada no livro Hellbound Heart escrito por Clive Barker e soma 11 filmes em seu total. Possivelmente uma das grandes franquias do terror que mais apanhou com filmes terríveis que incluem até mesmo filmes que provavelmente não eram Hellraiser de início, mas colocaram o Pinhead na história para tentar dar um up na promoção do filme.

Felizmente esse não é o caso com o Hellraiser (2020). Dirigido por David Bruckner, que tem no currículo filmes muito bacanas como O Ritual (2017) e a A Casa Sombria (2020), o filme conta a história de Riley, uma garota com problemas com álcool e drogas que tem um emprego merda e mora com o irmão mais velho e o marido dele. Por influência de seu namorado, Riley invade um local para roubar um cofre de um ricaço, mas tudo o que encontram é uma estranha caixa que será a fonte de seus piores pesadelos.

Algumas coisas foram modificadas da mitologia do primeiro filme de 1987, mudanças que foram positivas principalmente com relação ao cubo/quebra cabeças. Essas alterações ajudam a fazer com que a trama ande bem e siga até seu final com um bom ritmo e também com que os principais vilões da história sejam os cenobitas.

Nesse filme o cubo precisa passar por seis configurações e para que cada uma mude, uma pessoa precisa ser sacrificada para as entidades e por conta de ter seu irmão como o primeiro sacrifício Riley passa a pesquisar mais sobre a caixa em busca de uma possibilidade de trazer o irmão de volta. Em meio a suas pesquisas ela acha uma saída através da caixa, que seria fazendo o pedido da configuração de Lazarus (As outras 5 configurações são Lament, Lore, Laudarant, Liminal and Leviathan), a configuração de ressurreição.

Para além de Riley, temos também a trama de Roland Voight, um milionário que conseguiu chegar na última configuração e fazer um pedido, mas ao contrário do que se esperava, seu desejo foi atendido de uma maneira completamente diferente, ele desejou a configuração Liminal, equivalente as sensações, e achando que teria algo como as mais deliciosas sensações, o que ele recebeu foi aparelho grotesco que puxa os seus nervos e faz com que ele sinta dores excruciantes a todo o momento.

Quando as tramas se cruzam, afinal Roland é quem arma todo o cenário para obter novamente o poder de realizar um desejo, Riley percebe que fazer um pedido para aquelas entidades traiçoeiras pode não ser uma boa ideia. Quando obtém o poder para realizar um pedido ela decide que nada do que aqueles seres lhe dariam seriam coisas satisfatórias e não faz pedido algum, e é aqui que eu acredito que o verdadeiro terror dessa história aparece.

Quando recebe a resposta da protagonista, The Priest, interpretada de forma MAGISTRAL pela atriz Jamie Clayton, revela a consequência do pedido de Riley, que ela sacrificou, feriu, e criou toda aquela situação problemática não só para ela como para outras pessoas para no final não obter NADA, ou melhor, nada ainda seria bom, mas o que resta para ela é a CULPA de seus feitos que será carregada por toda sua vida, sendo essa a configuração do lamento (Lament). O cubo volta ao normal e nossa protagonista que já levava uma vida de infortúnios financeiros e graves problemas de vício agora terá de carregar a morte não só de amigos como também do próprio irmão nas costas até o fim de seus dias. Sinceramente, acho que morrer não seria tão cruel.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *