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DIA PLÚMBEO

O dia está plúmbeo
Mesmo que haja sol
Que raie a manhã
Que a fresta de luz
Rasgue, desvirgine
A plúmbea nuvem que outrora
Trouxe-te a tempestade
Calma e tranquilamente
Aceita teu dia plúmbeo
Entre montes e solidão
Ergue tua fronte ao alto
Pois a lança a trespassar
Teu imo peito
Traz a ti, guerreiro
O luto que ora urge
Para vencer, na brônzea dor
A ingente batalha
Tolo é aquele
Que busca sorrir para sempre
Quer viver, sem dor
Nem a lancinante ferida
Recebe teu dia plúmbeo
Como quem recebe em seu oîkos
Um deus Zagreus
Que ora vem para te mostrar
Que teu dia plúmbeo
Não o cegará
Ele apenas te mostra
O quão iluminado e
Luzente é teu destino

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