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Coluna Rapha Bueno

Raphaelly Bueno

Crônica de mim mesmo

 

Quando pequeno sempre fui muito sonhador, às vezes até demais. Fui, aliás, sou muito indeciso, carrego desde a infância a indecisão diante de diversos assuntos, motivo pelo qual deixo tudo para última hora, é como decisão de risco, tem que ser feito. Mas eu cresci (um pouco demais) e vi que a vida é feita de escolhas e com elas vêm o medo, os anseios e as dúvidas. – Tenho que abrir umas aspas intencionais aqui, deslocadas, mas necessárias; Sempre tive vontade de me provar, fazer algo válido e, sempre tive medo de fracassar – Com isso cheguei à escolha do que iria fazer e isto foi difícil demais, sobretudo porque sempre gostei de um bocado de coisas, mal de canceriano.

Tive uma paixão fugaz pelo teatro, rápida como amor de verão. Quis, em um curto espaço de tempo, fazer moda, literatura, biologia, letras e história, no final fui parar no jornalismo. Acho que a escolha se deve porque jornalista é curioso e gosta de tudo um pouco, daí você pode “brincar” com tudo isso. Com a escolha feita, o medo não ficou para trás, aliás, acho que me apoio nele para poder não me dispersar e ter maior foco.

 

Não vou mentir me apaixonei pelo curso de jornalismo, isto me possibilitou abrir a mente para outras paixões, para ter inspirações nos mais diversos artistas, escritores, jornalistas e tudo o mais. Contudo, sinto receio enorme, é como o primeiro dia de aula, nunca se sabe o que vai acontecer, como vamos nos relacionar com outras crianças, se teremos amigos, ou se a professora não será brava; Daí tem o recreio e você fica no canto, com seu lanche e olhando para o mundo que se abre a sua frente e  restam duas alternativas: Ou você encara e desbrava este novo terreno, ou fica no canto como um mero espectador, ou talvez, um coadjuvante.

 

Agora que fique claro, não significa isto tudo que minha vida é feita de receios, medos e estas coisas, devemos olhar para a vida e perceber que o destino se encarrega também de lhe dar ferramentas para o sucesso (veja sucesso não em termos de celebridade, mas em termos de satisfação). Tenho a imensa sorte de conhecer pessoas incríveis, inteligentes e adoráveis. É  isso, os sonhos devem ser como estradas que pavimentamos para chegarmos a um objetivo, aquilo que mais queremos, e isto não significa esquecer-se da realidade, é um universo tangível e paralelo que caminha junto com nossas ações. É viver sem ter coragem cega, mas sem ter medo paralisante, como diz na música “é viver e não ter a vergonha de ser feliz”.

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