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A flor do meu jardim

A flor no meu jardim, minha mãe

Hoje, vou falar da flor mais perfumada do meu jardim, minha mãe, minha linda Rosa. Escorpiana, só usa seu ferrão para proteger quem ama. Mas, antes preciso explicar uma teoria bonitinha sobre a carga genética que recebemos da nossa avó materna até chegarmos aqui.

Segundo o ensaísta chileno Alejandro Jodorowsky, nossa avó materna é essencial na transferência de informações e programação genética que recebemos. Seu estudo aponta que a nossa avó materna transfere toda informação genética através do óvulo. Esse carregará toda informação genética, ou seja, tudo o que ela viveu, sentiu e principalmente toda carga emocional. Nós recebemos todas as informações de quando ela estava grávida de nossa mãe – se a gravidez era desejada, se ela se sentia protegida, seus amores, conflitos de identidade, etc.

O feto já tem os ovócitos formados e esses vão deixar quatrocentos óvulos que nossa mãe terá durante a vida reprodutiva, um deles será você. Todas essas informações estão impressas em nossas células enquanto feto. Carregamos todas essas informações através do óvulo, porque contém parte da informação genética mitocondrial – na membrana da célula. As informações mitocondriais do avô se concentram na cauda do espermatozoide e no momento da fecundação a cauda é deixada para fora. Na mitocôndria é onde estão registradas as informações que herdamos.

Vemos que muitos filhos não se parecem com os pais, mas puxam características muito semelhantes aos avós. Esse estudo não tem comprovação científica, é apenas uma teoria. A teoria é muito interessante, mas não me convence muito. Biologicamente, carregamos muita informação genética de várias gerações.

Infelizmente não conheci minha avó materna, faleceu quando minha mãe tinha acabado de completar onze anos. Sei que era um amor de pessoa, carinhosa, honesta, amorosa e protetora. Fico feliz em saber que herdei a genética de ambas.

No kardecismo, dizem que nós escolhemos nossas mães muito antes de nascermos. Eu acredito que sim. Pode parecer clichê, mas a minha mãe sempre foi e continua sendo um anjo em nossas vidas. Sabe aquela mãe-amiga que muitos colegas diziam que gostariam de ter igual?! Então, é a minha!

Escolha ou sorte, não importa. O importante é o significado que ela tem em nossas vidas (família), sobretudo na minha. Ela me ensinou a gostar desde criança de ABBA, The Mamas & The Papas, The Beatles, Elis Regina, Pet Shop Boys, Desireless, Carpenters, Sidney Sheldon, Agatha Christie. Aprendi a cozinhar coisas variadas, nunca repete comida, sempre prepara algo diferente. Ensinou também que o amor está acima de tudo e ele sempre vence. Às vezes ela é rosa, outras girassol.

Escrevo esse texto em forma de homenagem, conforme menciono sobre a importância de admirar pessoas em vida no meu texto “Flores plástica não florescem”. Ontem ela ganhou mais uma pétala, mais um ano florindo e colorindo meu jardim. Que ela possa florir por muitos anos. Aguardo sempre ansiosa pela próxima primavera.

E você, qual flor ilumina o seu jardim?!

Por Daniela Houck,
para sua coluna Café com Respeito!

Foto de Disha Sheta no Pexels

2 respostas

  1. Dá pra não amar uma filha Assim? Impossível. Filha vc esqueceu de falar que esta rosa também tem espinhos kkkkk. Te amo muiiiito. Bj

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