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A agonia e a restauração dos homens

“Faz com o coração o contrário do que fazes com o corpo: despe-o.
Quanto mais nu, mais ele encontrará o único agasalho possível: um outro coração.”
Mia Couto – “A chuva pasmada”

O documentário O Silêncio dos Homens (disponível gratuitamente no YouTube), fruto de uma pesquisa com 40.000 pessoas e meses de gravações, menciona que 6 em cada 10 homens declaram lidar com algum tipo de distúrbio emocional: ansiedade, depressão, insônia, vício em pornografia, vícios em álcool, drogas, comida, apostas e jogos eletrônicos.

É provável que os homens sofram com algum desses distúrbios, em silêncio , isto é, sem falar com ninguém. O fechamento emocional atua como uma camisa de força para muitos homens, tornando ainda mais difícil tudo que enfrentam no dia a dia. Os homens sofrem e sofrem calados e sozinhos.

Os dados evidenciam esse sofrimento: 83% das mortes por homicídios e acidentes no Brasil são de homens; homens vivem 7 anos a menos que as mulheres; homens suicidam-se 4 vezes mais que as mulheres; 17% dos homens lidam com algum nível de dependência alcoólica; quando sofrem um abuso sexual, demoram em média 20 anos até contar isso para alguém; 30% enfrentam ejaculação precoce ou disfunção erétil; homens são 95% da população prisional no Brasil; a maior parte dos encarcerados são jovens, periféricos e com ausência de figura paterna. Desse grupo os homens negros e LGBT’s são mais atingidos.

Pesquisa realizada pela ONU Mulheres e o Portal Papo de Homem aponta que construção da identidade masculina estereotípica é expressa em nove orientações básicas: cultura do herói, violência, heterossexualidade, restrição emocional, capital viril, pertencimento ao grupo, sexo, trabalho, provedor. Seguir essa receita implica integrar-se às expectativas de como os homens devem agir, sentir e falar.

Essa lista, denominada A Caixa do Homem, é uma diretriz traçada em torno de perspectivas de um ideal masculino com formas e limites rígidos que, se por um lado oferece privilégios, por outro aprisiona e adoece. O conjunto desses padrões epitetado, masculinidade tóxica encoraja a violência, a falta de incentivo em procurar ajuda quando é preciso, o estupro, a homofobia, a misoginia, o feminicídio e o racismo.

Esses dados evidenciam que o modelo patriarcal e machista dominante de masculino causa dor, sofrimento e morte em homens e mulheres.

A Psicologia Analítica fundada pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875-1961) procurou desvendar os aspectos mais significativos da natureza e as motivações da masculinidade, tanto consciente quanto inconsciente, e explica como isso afetou e afeta o desenvolvimento da personalidade subjetiva e social, no desafiando a reexaminar nossa compreensão contemporânea da masculinidade.

Jung, em sua longa carreira de pesquisador da alma humana, se propôs a pensar a masculinidade a partir da presença do arquétipo do herói e a luta pela libertação da mãe, o desenvolvimento da masculinidade nas várias etapas da vida, a importância do pai no destino do indivíduo, a personificação do par de opostos (animus/anima) no inconsciente masculino e feminino e o caminho da integração, entre outros.

Foi o psicanalista estadunidense junguiano James Hollis que, em seu livro Sob a Sombra de Saturno, trouxe com clareza e profundidade uma abordagem acerca da dimensão psicológica e cultural da masculinidade. O título traz o nome de Saturno, divindade romana (Cronos para os gregos) que era um deus perverso que devorava seus filhos para impedi-los de usurpar seu poder. O mito demonstra que os homens sofrem da violência, da corrupção pelo poder e são influenciados pelo medo das mulheres e de outros homens.

O livro focaliza feridas masculinas que regem muitos comportamentos, apesar de ocultas e de não reveladas pelos homens, cujo silêncio é importo pela cultura patriarcal. O mito de Saturno está presente de várias maneiras no cotidiano dos homens. Esse arquétipo expressa sua sombra marcada na alma masculina. Questões relacionadas à corrupção do poder, do medo, humilhação e desvalorização causam feridas profundas e certamente ferem outros com quem convivemos.

Para Hollis, os homens carregam milenarmente oito segredos em seu coração:

OS OITO SEGREDOS

1) A vida dos homens é tão governada por expectativas restritivas com relação ao papel que devem desempenhar quanto a vida das mulheres.

Aqui pode-se fazer um paralelo ao mito de Procusto. Procusto é um personagem da mitologia grega. Os viajantes que iam de Mégara a Atenas, eram forçados a se deitarem em seu leito de ferro. Se fossem menores, Procusto esticava suas pernas. Se fossem maiores eram esquartejados para se ajustar ao tamanho do leito. O nome Procrusto significa “o esticador”, em referência à punição que aplicava às suas vítimas O domínio de Procusto findou quando Teseu decepou a cabeça e os pés, aplicando-lhe a mesma crueldade que impunha aos homens. O leito de Procusto é a metáfora para a performance exigida aos homens pela cultura machista. Para adaptarem-se ao padrão social, muitos homens precisam amputar aspectos significativos do seu ser ou, estender aspectos estranhos para corresponder às expectativas do machismo cultural.

2) A vida dos homens é basicamente governada pelo medo.

Para Hollis, os homens vivem com medo dos outros homens porque são compulsoriamente propelidos a papéis competitivos. Dessa forma, o outro homem, é sempre considerado como um inimigo e não como um irmão. Os homens têm medo pois secretamente sabem que o mundo é maior que eles, perigoso, impenetrável e incontrolável. Os homens também têm medo do poder do complexo materno e, por isso procuram dominar as mulheres.

3) O poder do feminino é imenso na organização psíquica do homem.

Na linha da psicanálise freudiana, Hollis admite que a mãe é a maior influência psíquica na vida de um homem (e das mulheres também) . Em razão dessa presença psíquica ser inconsciente e confrontada pela estrutura social patriarcal, os homens efetuam quatro formas de relacionamento distorcido com o feminino:

  • 1) Os homens projetam o complexo materno sobre as mulheres. Temerosos do poder da mulher procuram agradar, controlar e evitar o confronto. Caem no relacionamento projetivo baseado no poder e o que deveria ser o reino de Eros se transforma no reino do poder. E como disse Jung, onde há poder não há amor.
  • 2) Os homens passam a ter medo da sua dimensão feminina (anima). Moldados pela cultura patriarcal, associam a perspectiva do feminino (instinto, ternura, carinho, cuidado) como inferior e, se afastam dela. Evitando o contato com a sua dimensão feminina, os homens se tornam menos acolhedores e criativos e pouco se relacionam com a sua vida interior.
  • 3) A insegurança na identidade sexual leva os homens a negarem a porção que não se encaixa nos estreitos limites coletivos (condição procrusteana) e, por isso, rejeitam violentamente as pessoas as pessoas que não se encaixam em seus estereótipos, a homofobia é um exemplo emblemático.
  • 4) Os homens tendem a uma valorização excessiva da sexualidade. Para os homens, o sexo é uma forma de reafirmação emocional, um narcótico que alivia a dor da alma machucada. “Se a vida magoa, o sexo, à semelhança das drogas ou do trabalho, poderá tornar a ferida indolor”. O ato sexual pode mascarar a busca desesperada de aceitação, sob a qual se esconde o complexo materno.

4) Os homens conluiam-se numa conspiração de silêncio cujo objetivo é reprimir sua verdade emocional.

À semelhança do documentário O Silêncio dos Homens, Hollis aponta que os homens são ensinados a sufocar e a silenciar os seus sentimentos. Quando expressam sentimentos, os homens são ridicularizados e pagam um preço muito alto quando são percebidos como frágeis ou vulneráveis. Desde a tenra idade os homens são sentenciados que não há espaço na sociedade para demonstrar sentimentos, emoções. E, muitas vezes, essa sentença é reforçada pelas próprias mulheres que corroboram com essas atitudes. No cotidiano os meninos que choram e expressam medo ou fragilidade são humilhados por outros homens e por outras mulheres. Os meninos são ensinados a sustentar o controle e a imagem pessoal poderosa. “Assim, conspiram para manter em silêncio com relação ao que os prejudica.

5) O ferimento é necessário porque os homens precisam abandonar a Mãe e transcender o complexo materno.

Todo homem recebe um chamado para realizar a proeza heroica de deixar a sua mãe e tornar-se senhor do seu destino. Isso implica que os homens precisam ser feridos para ingressar no mundo. Como nos mitos, ou o herói vence o dragão da mãe terrível ou o dragão se alojará em sua psique, possuindo-a e engolindo a espada do herói. O herói, assim, perderá sua potência de diferenciação dos opostos: bem e mal, atividade e passividade, medo e coragem, força de vontade e preguiça, desejo e vontade. Porém, o processo de amadurecimento implica sofrimento “o preço que pagamos por uma consciência mais poderosa, e pelos mundos que valem a pena ser conquistados, é o ferimento do protagonista (herói) para que possa se tornar herói de sua própria vida.”

6) A vida dos homens é violenta porque suas almas foram violadas.

Nesse tópico Hollis aborda que os ferimentos que os homens sofrem não são transformadores uma vez que eles não têm um conteúdo simbólico. Pelo fato de a cultura moderna ter se racionalizado e se desencantado perdendo os ritos significativos de passagem que estimulam e orienta, as energias da alma, quase todos os homens modernos se sentem oprimidos e esmagados pelas expectativas internas e externas que sobre eles recaem.

A alma de um homem violada responde com violência. O autor lembra que todos os assassinos em série sofreram violento abuso físico e mental. “Assassinatos da alma ocorrem o tempo todo na vida dos homens”.

Os homens são convocados para executar trabalhos violentos e perigosos, resistir a pressões esmagadoras. O patriarcado exige dos homens que eles sacrifiquem sua alma para servir a uma norma econômica, política ou cultural. E se resistem ou demostram dificuldades, são humilhados e até mesmo martirizados com excessivo rigor pelo status quo. E, diante disso são obrigados a permanecer tranquilos e imperturbáveis. Também se espera deles que sofram sozinhos e em silêncio.

7) Todo homem carrega consigo profundo anseio pelo seu pai e pelos seus pais tribais.

Hollis afirma que para deixar o conforto do lar, do mundo materno, o homem precisa ter para onde ir. Nas sociedades primevas, os homens tinham para onde ir uma vez que a função dos homens mais velho era transmitir a sabedoria dos antepassados, instruir os jovens a respeito dos deuses. Os homens buscam pelo pai arquetípico, mas a sociedade não oferece essas raízes, a história tribal e a realidade transcendente. Assim, os homens estão perdidos, infantilizados e preenchem esse vazio com drogas e todas os produtos, coisas e não coisas da sociedade de consumo. Fica um grande vazio na alma.

8) Para que os homens fiquem curados, precisam ativar dentro de si o que não receberam do exterior.

Hollis aponta que como os homens não podem recorrer aos anciãos iniciados, eles sofrem de um aprofunda enfermidade na alma. Diante desse vácuo, os homens precisam aprender a se auto curar. Trata-se de uma jornada solitária. A provocação de Hollis não é vazia, pois procura atentar para a necessidade de voltar-se para dentro de si mesmo para buscar maior liberdade pessoal.

Ao final, Hollis propõe sete passos em direção à cura pessoal: relembre a perda dos pais, conte segredos, procure mentores e sirva de mentor a terceiros, corra o risco de amar os homens, cure-se a si mesmo , retome a jornada da alma e participe da revolução.

SETE PASSOS EM DIREÇÃO À CURA PESSOAL

1) Relembre a perda dos pais.

Hollis rememora que o advento da modernidade no ocidente implicou a racionalização instrumental e, com isso, quase todos os homens perderam o contato com as suas raízes, perderam sua alma. Em troca de uma suposta segurança econômica os homens canalizaram suas energias para servir ao lucro e, com isso, deformaram a alma.

Os homens que viveram a transição para o mundo moderno sofreram dolorosas feridas, e, por causa dessa dor, feriram os seus filhos. As feridas repercutem nas gerações. Somente os homens que se conscientizaram desse ferimento histórico, curam a separação e são capazes de transcender o peso saturnino da história.

Nossos pais foram feridos e não tiveram alternativas e permissão emocional para serem eles mesmos e ficaram sozinhos. Por esses homens, diz Hollis, precisamos chorar.

Considerando a observação de Jung, segundo a qual o maior fardo que a criança precisa carregar é a vida não vivida dos pais, cada filho precisa examinar em que lugar as feridas do pai foram passadas para ele. Precisa examinar se ele repete os padrões do pai ou vive em reação a eles – em ambos os casos é prisioneiro de Saturno.

Perguntas que cada filho precisa se fazer sobre o seu pai:

  • Quais eram as feridas do meu pai?
  • Quais sacrifícios realizou, se é que realizou algum por mim ou pelos outros?
  • Quais eram as suas esperanças, os seus sonhos?
  • Vivenciou seus sonhos?
  • Teve permissão emocional para viver sua vida?
  • Viveu sua vida ou os registros saturninos?
  • O que recebeu do seu pai e da cultura que retardou sua jornada?
  • O que eu gostaria de ter sabido a respeito da sua vida, da sua história?
  • O que eu gostaria de ter ouvido dele a respeito do que é ser homem?
  • Foi capaz de responder essas perguntas para si próprio?
  • Algum dia fez essas perguntas?
  • Qual foi a vida não vivida do meu pai, e eu a estou, de alguma maneira, vivendo por ele?

Essas são as perguntas entre as gerações que na maioria das vezes não são feitas. Embora não se expressem conscientemente, suas respostas implícitas foram vividas inconscientemente, amiúde e de forma dolorosa. Quando lançamos essas perguntas essas perguntas aos nossos pais, existe maior probabilidade de evitarmos idealizá-lo ou desvalorizá-lo. Ele se torna um homem mais parecido conosco, um irmão que sofreu e mesma provação. Torna-se possível que atuemos em função da compaixão. Se formos capturados pelo ódio, permaneceremos ligados ao que nos feriu.

Quando compreendemos melhor nossos pais de um ponto de vista maduro e não projetivo, tornamo-nos mais capazes de iniciar o processo de sermos nossos próprios pais.

2) Conte segredos.

Nesse passo Hollis considera que sempre que há uma negação a ferida infecciona. Aquilo que resistimos, persiste. Nesse sentido, a vida dos homens se baseia na negação e na resistência à verdade.

Hollis pontua que a alma dos homens está deformada pelo fato dos homens serem definidos por forças externas. Milhões de homens recuam diariamente para a insipidez coletiva. Levam uma vida no silencioso desespero. E, como a psique sabe mais que a consciência, essa deformação da alma é registrada e gera encadeamento de respostas.

Os homens sofrem o dilema entre a intenção da sua alma e as exigências externas. Nesse sentido Hollis aconselha contar para nós próprios a verdade da nossa alma. Viver essa verdade é a segunda tarefa. E contá-la para os outros é a terceira. Essa expressão da verdade será o supremo teste da nossa vida.

3) Procure mentores e sirva de mentor a terceiros.

A terapia oferece a oportunidade única para os homens compartilharem reservadamente sua vida, serem emocionalmente sinceros e saberem que não vão ser humilhados, compartilharem seus segredos relacionados com a tarefa de ser homem. Para muitos homens a terapia funciona como um rito de passagem, a separação da mãe e a iniciação no mundo masculino.

Muitas vezes aparecem pensando que o problema está lá fora, que se conseguirem resolver o problema, sua vida entrará nos eixos.

Com o tempo acabam compreendendo que toda sua vida está errada, que escolhas feitas inconscientemente conduziram para labirintos de alienação cada vez maior.

Talvez percebam que tem problemas para se relacionar com o feminino, mas raramente suspeitam de que Ela está dentro deles.

Sentem enorme anseio pelos pais, embora esse sentimento seja inconsciente. E muitas vezes acabam reconhecendo que perderam seus deuses, sua ligação com a natureza e seu próprio corpo.

Embora muitos homens não façam terapia, eles podem se voltar para outros homens e transmiti-lhes o que aprenderam ou aprendem com pessoas. O mentor é alguém que já visitou o outro lado e é capaz de nos dizer alguma coisa a respeito do que ouviu.

4) Corra o risco de amar os homens.

Os homens foram condicionados a serem competitivos e, por isso, são muito desconfiados uns dos outros. O velho jogo patriarcal nos impõe o medo que o outro homem possa levar a melhor.

Os homens só serão capazes de amar o próximo se forem capazes de amar a si mesmos. A culpa que lançamos em nós mesmos e nossa ira são projetadas sobre os outros homens que passamos a evitar.

Quando compreendermos que estamos afastados do nosso irmão porque o tememos e o tememos porque estamos cheios de medo de nós próprios, haveremos dado o primeiro passo em direção ao amor.

O oposto do amor não é o ódio, mas sim o medo. O que há de mais difícil em amarmos os outros homens, como indivíduos ou como grupo, é o fato de precisarmos correr o risco terrível de amarmos a nós próprios.

Essa aceitação de si diante do fracasso e do medo é profundamente difícil. É preciso substituir o ódio por eros.

5) Cure-se a si mesmo.

Os homens feridos ferem seus filhos e outros homens. O ciclo de sacrifício saturnino sempre encontra novos jovens para esmagar. Se existe alguma verdade é que a cura pode ocorrer e efetivamente ocorre. A cura ocorre de semelhante para semelhante, a partir da ressonância, do reconhecimento e da recordação.

Conseguimos resgatar uma alma ferida das impurezas da história pessoal. Jung observou que não solucionamos os nossos problemas, nós os superamos. Esta capacidade de expansão da psique que possibilita a cura. Cada homem precisa abandonar as diretrizes dos complexos paterno e materno e tomar as suas próprias decisões, alimentar a sua própria fome. O que não foi ativado pelos pais, precisa ser ativa por si mesmo.

6) Retome a jornada da alma.

Para que o homem salve a si próprio, é preciso que retome a jornada da alma. Mesmo como medo, viver a jornada. Atender o chamado à individuação ao qual não pode escapar.

7) Participe da revolução.

Homens se interessam apenas por sexo, dinheiro, futebol e bebida? E se houvesse também um espaço para cultivar uma visão de mundo mais ampla, desafiar preconceitos, aprender a viver e se relacionar com mais satisfação?

Apesar de reconhecer os obstáculos, Hollis é otimista em relação ao poder dos indivíduos de alcançarem a consciência, de encontrarem a coragem de mudar, de reconduzirem sua vida, provocando assim mudanças no mundo.

Historicamente, a mudança se dá quando uma cultura se torna unilateral em excesso. A compensação passa a existir, então, no inconsciente de todos os indivíduos.

É preciso uma pessoa com a função intuição superior, ou seja, aquela para quem o material do inconsciente está pronto e disponível, para trazer à superfície esses valores desprezados.

“Quando os deuses déspotas forem depostos, quando os indivíduos saírem de sob a sombra de Saturno, quando rejeitarem as expectativas coletivas e procurarem seus próprios caminhos, a justiça retornará. Sim, atualmente, a maioria dos homens ainda estão oprimidos; agindo a partir de sua própria ferida, oprimem outros homens e magoam mulheres e crianças. Sem dúvida, a justiça ainda está muito longe. Mas cada qual tem a obrigação de encontrá-la, primeiro no próprio coração e depois na longa estrada que está à nossa frente” (James Hollis – Sob a Sombra de Saturno, p. 180)

Referências:

HOLLIS, James. Sob a Sombra de Saturno: a ferida e a cura dos homens. São Paulo: Paulus, 1997.

https://www.onumulheres.org.br/

https://papodehomem.com.br/

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