Ilustração: Leandro Almeida |
Hoje em dia praticamente todo mundo faz parte de alguma rede social, afinal é o local mais fácil e rápido de se comunicar com aqueles que não estão próximos de você no dia a dia, porém com a evolução da internet e consequentemente das redes sociais, acabamos descobrindo que nossos amigos tem algumas opiniões e atitudes que podem de alguma forma nos aborrecer e aí vem aquela velha máxima será que vale a pena manter a amizade com essa pessoa nas redes ou é melhor dar um “unfollow” não só das redes como da sua vida.
No dia 20 de julho é comemorado o dia do amigo, então nada mais justo do que traçar o perfil mais comum de amigos que se tem nas redes sociais. Uma pesquisa feita pelo jornal britânico Daily Mail no ano de 2013, listou alguns dos tipos mais chatos de perfis que encontramos nas redes, portanto, engana-se que isso é coisa de brasileiro. Demos uma atualizada em alguns, porém nesses dois anos ainda é possível encontrar vários deles nas redes.
Amigos batedores de ponto: São aqueles que fazem “check in” em todos os lugares, com o intuito de que todos saibam onde ele está.
Amigo “gamer”: São aqueles que são ansiosos por novos vizinhos, que querem ter mais maçãs na sua horta, além de doação de vaquinhas e galinhas, ou vidas para continuar jogando o “farm heroes” Candy Crushs e etc. Quando menos você espera eles compartilham sem parar convites e conquistas em joguinhos e poluem sua timeline.
Amigo baladeiro: ou seja, para ele a vida é uma festa e as redes sociais também. Esses usuários publicam constantemente fotos de festas e eventos sociais. Além disso, insistem em convidar todo mundo para as baladas, inclusive quem está fora da cidade ou até mesmo do país.
Amante dos animais: Para eles nada mais importante do que cachorrinhos, gatinhos e várias outras espécies de animais. Ajudar os bichinhos a encontrarem um lar parece um vício quem compartilha fotos de animais em apuros não para mais e acabam inundando a “timeline” dos amigos com fotos de bichos. Apesar da causa ser nobre, o exagero pode irritar alguns amigos.
Promotores de si mesmos: Profissionais liberais ou donos de pequenos negócios não hesitam em falar sobre seus próprios feitos na vida profissional e pessoal. Tudo para criar uma imagem positiva do produto ou serviço que querem vender, nessa categoria aqui encontramos aqueles que postam fotos sensuais o tempo todo que muitas vezes causa um certo constrangimento em locais públicos ou quando nossos familiares estão fazendo uma coisa tão agradável que é ficar olhando o que você está fazendo no computador puxando um assunto no qual você não está interessado e de repente passa a ser a foto do amigo (a).
O promotores de si mesmos tem algumas sub categorias como os viciados em exercícios, ou seja, cada caloria perdida vale um post. Além de receitas de shakes mirabolantes, ele faz questão de compartilhar cada nova sequência de exercícios na academia e não passa um dia sem uma foto na frente do espelho com roupa de ginástica, geralmente com uma mensagem de autoajuda que vai desde da clássica “força, foco e fé”, a aqueles frases da Clarice Linspector que nada condiz com a foto.
E o que dizer dos comentadores compulsivos? Mesmo que comentar a vida alheia seja uma atividade tão comum, quem não se lembra da “tia da janela” que sempre sabia de tudo? Com as redes sociais foram só o impulso que os comentaristas de plantão precisavam para entrar no mundo virtual. Das desgraças às conquistas, o importante é comentar, aqui surge um tipo chato que são aqueles que comentam sem para que estão “procurando a libertadores de 2000 do Corinthians”, ou que o “Palmeiras não tem Mundial”, que a “Marvel e melhor que DC ou vice versa”. Eles geralmente vêm acompanhados dos compartilhadores compulsivos, que são aqueles que nunca geram um conteúdo e sim se apropriam do que os outros compartilham, seja fotos, links, vídeos e qualquer outra coisa que aparecer na “timeline”.
Ainda temos os amigos que só postam comida, qualquer uma serve Sushi, churrasco, macarronada e até a cervejinha no fim do dia. Dá a impressão que eles só querem mostrar para os amigos a refeição que estão fazendo naquele momento e, por algum motivo, acham que os contatos estão interessados no que cada um come.
Uma outra categoria são os não amados ou os muito amados. No primeiro caso um termino de relacionamento não é bem superado e tudo vira motivo para indireta ou fazer questão que já superou a perda do amado, já os muito amados cada semana estão jurando “amor eterno” para alguém diferente e postando que finalmente encontraram o amor da sua vida.
Porém atualmente nada mais irritante atualmente do que os polemistas de sofá. Para eles, tudo é motivo de polêmica. São os primeiros a criticarem e colocarem lenha na fogueira do post alheio. Se veem um amigo dando opinião sobre algum assunto, não perdem a chance de entrar na discussão e começar uma interminável troca de comentários.
Muitas vezes eles são confundidos com os extremistas religiosos, quer dizer, que a religião dele é mais importante e que você deve ser convertido a qualquer custo, ou ainda o politizado, sim, o amigo que entende como poucos de política e que o partido ou candidato com o qual simpatiza é melhor e, por isso, o defende com unhas e dentes, tanto que muitas vezes achamos que ele recebe para isso. Por meio deles um tipo de amigo que não tinha muito espaço, mas não se engane, desde que a internet evoluiu de 1.0 para 2.0 abrindo a possibilidade de comentar em suas páginas, eles estão lá os “haters”, reclamando de tudo, esse tipo de amigo adora odiar.
Claro que não podemos esquecer os divulgadores de correntes, mesmo que as tais correntes tenham surgido antes das redes sociais, com o crescimento elas acabam se popularizando, e mesmo no século XXI muitos acreditam que curtindo e compartilhando fotos de pessoas desaparecida em festa; doação de dinheiro por compartilhamento para tratamento; procedimentos falsos para manter a privacidade da conta, etc.
Caso você tenha se identificado com um ou mais desses perfis, sério é melhor rever alguns conceitos ou maneirar um pouco, afinal, as redes sociais podem ser livres para que possamos postar qualquer coisa, entretanto, seu direito termina onde começa o de seu amigo e claro se ele acreditar que você ultrapassou os limites, não adianta culpar as redes sociais por perder uma amizade.