Proust, a fotografia de 30 anos atrás,
a fantasia infantil de saber se a gente morre
quem sofre,
não são o meu em busca do tempo perdido.
Não são minhas madalenas,
mas meu peito admite-se
comparado ao pranto meu.
Pedro Nava me interrogava
o quanto dessa história era meu.
O dístico do menino-moço com o homem-maduro
apenas tem o rosto de perfil.
Os olhos são outros
e o que vêem também coisas diferentes são.
Na boca maio
e o vento de maio e o frio de maio.