Pelé, o revolucionário do futebol

Faz algumas semanas que venho matutando algo na cabeça e pensando se valeria a pena ou não, e depois de chegar a conclusão de que não valeria a pena escrever um texto para dizer se o melhor era Pelé ou Messi, motivado principalmente pela copa vencida pela Argentina neste ano que vai, mas a morte de Pelé na data de ontem me fez sentar aqui e escrever sobre aquele que pode não ter sido o melhor dos humanos, cheio de erros sendo o principal dele não reconhecer a filha que só queria isso dele, mas esportivamente é incomparável, pois Pelé andou para que Messi pudesse correr e isso é um fato.

 
“Ahhhh mas antes se jogava contra pedreiros e açougueiros…não tinha preparo físico, ele só jogou no Santos, nunca foi para Europa, mil gols jogando amistoso, três copas do mundo, mas só jogou duas e não foi o melhor em nenhuma” … são esses e muitos outros argumentos utilizados para tentar desmerece-lo e enaltecer os concorrentes.


Nas várias homenagens recebidas ontem a de Halland, uma estrela em ascensão, postou que tudo Pelé fez antes, um exagero talvez, pois Pelé nunca fez um gol do meio de campo, mas foi o primeiro a tentar. Bem, Pelé ainda é o único tri campeão mundial, sendo a primeira vitória na copa ainda adolescente e marcando gols na final, e se não jogou a copa de 62 por ter sido caçado e quebrado como ocorreu em 66, fez parte do grupo e pasmem, também recebe medalha e o troféu.

 
Antes de Pelé a camisa 10 era apenas um número e na copa de 58 coincidentemente ele vestiu o número, e o resto é história. Soma-se isso ao marketing, numa época em que o atleta não era muito valorizado, associou-se a várias marcas. No início dos anos 60, quando já era campeão mundial, quase associou seu nome a uma fabricante de pinga. Retrocedeu quando percebeu que a “caninha Pelé” poderia ser algo negativo para um atleta. No tri de 1970, se abaixava para amarrar as chuteiras com frequência. O ato promovia a marca que o calçava.

 
Foi garoto propaganda de refrigerantes, pilhas, esponjas de aço, videogames, cafés, roupas, carros, lojas, tônicos, empresas de telefonia, de cartão de crédito, de móveis…até mesmo o Viagra contou com a imagem dele, Pelé só não divulgou cigarro e bebida alcoólica. Depois utilizou de sua fama para algumas causas sociais principalmente ligadas ao trabalho infantil e a fome.

 
Você pode não achar aquele que foi apelidado de Rei do Futebol e que revolucionou o esporte o melhor jogador de todos os tempos, mas há de concordar que sem o sucesso, a invenção de jogadas e se destacar num tempo em que não tinha fisiologista, testes para ver se você está prestes a ter uma lesão ou bola tecnológica e leve, Pelé foi sim o melhor dentro e fora de campo e isso não se pode apagar.
E ainda fica aquela questão e se fosse hoje com toda a tecnologia existente para ajudar os jogadores, será que chegariam aos pés dele? Vou deixar a minha opinião de lado e a discussão para as redes sociais, mas uma coisa é inegável, mesmo com a sua morte seus feitos serão como em seu filme, eternos.

 
Obs: este texto tem a intenção de homenagear o jogador de futebol Pelé, e mostrar seus feitos como jogador de futebol. Como pessoa acredito que o Edson Arantes do Nascimento, foi insuficiente em várias questões como as traições as esposas e namoradas e principalmente ao não reconhecimento da filha Sandra Regina em vida, mesmo que sua empresa tenha mandado uma coroa de flores em seu velório. E Edson, assim como Pelé, poderia ter lutado mais para que o racismo no futebol acabasse, mas aí já é outra história que talvez não tenha fim.

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