Anderson Andrade |
No dia primeiro de fevereiro último, cerca de cem torcedores invadiram o centro de treinamento Joaquim Grava na zona leste da capital de São Paulo, os “manifestantes” exigiam conversar com os jogadores em especial com os atacantes Alexandre Pato (hoje no São Paulo) e Emerson Sheik para cobrá-los não só pelo mau futebol, mas também pelo fato do primeiro ter custado 40 milhões de reais e não ter rendido o esperado e o segundo por ter decaído no decorrer no ano de 2013 junto com o resto do time e também pela foto publicada alguns meses antes na qual ele aparecia dando um selinho em um amigo, como não conseguiram roubaram alguns celulares, destruíram propriedade privada como carros, alguns locais do CT, agrediram funcionários do clube como atacante Paolo Guerrero. Os vândalos só saíram após cinco terem conseguido conversar com o técnico Mano Menezes.
Muitas especulações sobre o caso e após o episódio alguns jogadores deixaram a equipe que ficou seis jogos sem vitórias, na época da invasão eram apenas duas derrotas, sendo uma por goleada para o arquirrival Santos, a policia investiga o caso e uma das hipóteses é que tenha havido facilitação de funcionários ou pessoas ligadas a diretoria, fato que enquanto não terminarem as investigações e o fato do Corinthians não ter prestado queixa, mesmo com insistência da polícia, e apesar de colaborar enviado imagens, não todas pois algumas foram perdidas.
Se um time está indo de mal a pior e por mais que você ame o clube isso não é desculpa para fazer o que esse pseudos torcedores fizeram, e pior ter pessoas que acham esse tipo de comportamento normal, afinal quem nunca teve seu ambiente de trabalho invadido e foi ameaçado por não cumprir aquilo que o outro acha você não está fazendo bem?
Lugar de torcedor é na arquibancada e caso queira protestar que seja na arquibancada de forma pacífica ou não indo aos jogos, essas são as melhores forma de protesto.
Como trabalhador não gostaria de ter meu ambiente invadido e pior ser ameaçado e como torcedor não acho que esse seja o verdadeiro comportamento de quem quer o melhor para o time que escolheu torcer na infância, juventude ou em algum momento da vida. Torcer não é ameaçar, assim como não pode ser considerado amor e sim possessão, se achar dono e ter direitos sobre a “coisa” que você considera sua.