E se fosse com você?

Faz um tempo que o celular é um elemento essencial do nosso cotidiano. De certa forma, os smartphones substituíram o despertador pela manhã, o cronômetro para avaliar por exemplo performances esportivas ou a duração de experimentos, o relógio de pulso quando estamos por aí nos perguntando que horas são, o papel moeda quando pagamos por aproximação.


Não preciso nem dizer que o envio de cartas, telegramas e cartões postais é feito somente em ocasiões mais do que especiais. Ao mesmo tempo que o celular aproxima a gente de quem está longe, nos distancia de quem está por perto.


Para quem está acostumado com as aventuras de Joe em You disponível na plataforma Netflix, encarnando o perfeito stalker que recolhe todas as informações à primeira vista banais e aquelas essenciais postadas pelas vítimas nas redes sociais, Unlocked 🔓, filme coreano disponível na Netflix há alguns dias é um filme que merece uma chance.


Se Joe tem motivos plausíveis para matar cada uma das suas vítimas, e acima de tudo, se sente obrigado a fazer o que faz, o assassino em Unlocked é tão meticuloso quanto e mata por prazer.


Imagine que você perdeu o celular e quem o encontrou acredita que você mereça morrer por isso? Você é o (a) culpado (a), não ele. A proposta de Unlocked 🔓 é justamente essa.
O filme traz uma reflexão sobre o quanto as informações sobre nós mesmos, quem nós amamos ou detestamos, o que gostamos ou não de fazer, onde estudamos e trabalhamos, o saldo da nossa conta bancária, etc estão todas disponíveis hoje em dia em um único aparelho: nosso smartphone.


Se você perder o seu celular hoje, quanto tempo levaria para que a sua vida fosse destruída por alguém mal intencionado? Como você se sentiria se descobrisse que é observado 24 horas por dia?
Last but not least, como você reagiria, o que faria se estivesse no lugar da vítima de um psicopata?
Recomendo assistir Unlocked 🔓e me contar.

 

Foto de capa por Netflix.

Uma resposta

  1. Paradoxal são pessoas postarem em redes sociais com o “filtro” esse conteúdo é privado! Mas devem realizar compras e transações bancárias pelo smartphone! Ontem uma simples consulta que fiz sobre um produto, quando assistia o YouTube depois, abaixo do vídeo, na tela, apareciam lojas e preços do produto pesquisado! QR-Code então é aquele libero geral! Ou seja: como diz aquele ditado: “Caiu na rede, já era”! Privacidade, na “telinha” muitas vezes é semelhante aquele cercadinho usado antigamente nos terrenos em que haviam casa de avós e dos pais, na “busca” de delimitar o quintal de cada um 🙂

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