Dizem que o café tem origem africana, mas foi no Iêmen que ele começou a ser cultivado. Depois de passar pela Europa, chegou ao Brasil na primeira metade do século XVIII. A criação do nome também tem origem árabe: qáhwa – que curiosamente significa café ou vinho, aliás, duas coisas que adoro e não recuso em hipótese alguma.
Acho que a adoração por café é quase uma unanimidade, né?! Só tenho uma amiga que detesta. Nossos encontros sempre foram marcados pelos meus expressos e pelo seu refrigerante preferido à base de cola. Tenho outra amiga que mora em outra cidade, mas viaja alguns quilômetros só para tomarmos um cafézinho.
O café tem inúmeros benefícios para a saúde, mas estava aqui pensando que ele é tão bom que poderia ser comparado ao sexo pelos seguintes motivos: ele pode ser forte ou fraco, doce ou amargo, quente ou frio, cremoso ou descafeinado. Pode turbinar bebidas diversas e sobremesas. Se acrescido ao leite vira o famoso “pingado”. Assim como o sexo, há quem também não goste e tudo bem.
Seguindo com as comparações, ele (s) pode ser consumido a qualquer hora do dia. Tem quem goste logo pela manhã para despertar e começar o dia com disposição, outros preferem logo após o almoço, na parte da tarde ou à noite. Cada um com as suas preferências. O café é estimulante, o sexo também. Ambos irão te deixar acordada (o) a noite toda, dependendo da dose.
E as predileções não param – podemos tomar expresso, na cafeteira elétrica, na italianinha ou no tradicional coador. Eu tomo religiosamente todos os dias, e costumo dar uma variada para não cair na “rotina”.
Acho carinhoso marcar “um café” com um (a) amigo (a), familiar ou em reuniões de trabalho. Para mim, ele acolhe e carimba momentos especiais. Vem sempre acompanhado de boas conversas, confidências, risadas, lembranças ou silêncios. É combustível para um dia cheio de atividades. Nunca vi ninguém tomar um cafézinho reclamando, aliás, a única pessoa que reclama que eu tomo muito é a minha dentista (risos).
Lembro na Copa do Mundo na Rússia (2018) que nos reuníamos para assistir aos jogos tomando café da manhã. Aí a paixão do brasileiro ficou completa, só trocamos a cerveja por um expresso e pronto. O importante é sempre ter um pretexto para tomá-lo ou tomá-lo sem pretexto nenhum mesmo. Não faz diferença!
Li algum dia desses que café deveria ser um elogio “Nossa, você está muito café hoje”, tive que concordar. Brinco que podem me tirar tudo, menos meu cafézinho. Só sei que café é muito bom, coincidentemente sexo também. Saiba degustar, não importa o dia e nem a hora. Vamos tomar um café?! Café não costuma falhar!
Para ver mais textos de Daniela Houck, confira sua coluna Café com Respeito!
Imagem de StockSnap por Pixabay
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