As datas das eleições municipais de 2020 foram alteradas em função da pandemia; o primeiro turno será realizado em 15/11 e o segundo em 29/11, isso se não tivermos novo adiamento em função da pandemia de COVID-19.
Uma das principais “heranças” do regime militar no Brasil (1964-1985) foi a criação de um profundo desinteresse da população em geral quanto à política e suas instâncias. Temos um verdadeiro senso comum de que “nenhum político presta”, que “política só serve para enriquecer uma casta”, etc. Não é difícil concluir que o debate político se esvaziou e que muitos políticos profissionais se beneficiam desta situação.
No universo da política é muito raro alguém se assumir “não heterossexual” ou “não religioso”, dado o estereótipo do chamado “homem de bem” tão reforçado nos últimos tempos. É um paradigma construir uma imagem política imaculada na busca da ampliação do espectro do eleitorado, o que se reflete em nossas casas legislativas.
De acordo com as entidades “Aliança LGBT” e ABGLT, nas eleições de 2008 tivemos 81 candidatos declaradamente LGBTQIA+; em 2012 este número aumentou para 173, em 2016 para 215 e em 2020 chegamos a 411 candidatos. É um avanço muito importante para que cresça a visibilidade das causas e também para que essa “onda conservadora” responsável pela eleição do atual Presidente da República seja controlada, e para que as pautas sejam de fato apresentadas e discutidas nas casas legislativas de todo o país.
Por isso, é fundamental analisar muito bem os candidatos e seus programas para que sejam eleitas pessoas que verdadeiramente se importam com a causa e possam contribuir com discussões e políticas públicas que ampliem o espectro de atendimento.
Quer saber mais sobre este tema? Assista meu vídeo no YouTube:
Cesar Baldon é Advogado especializado em Direitos LGBTQIA+
Canal no YouTube: LGBT tem direitos
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