Rapha Bueno |
Bandeira Azul, amor!
A nova bandeira que vem sendo hasteada é a dos chamados g0yz (com as cores azuis que são culturalmente masculinas), homens que pregam a demonstração de afetividade entre eles, mas sem a prática da cópula anal.
Ao que parece, este movimento surgiu em meados de 2000 e possivelmente nos EUA, entre surfistas, skatistas e fraternidades masculinas; Também chamados de G-zero entre o que é permitido de afeição está a masturbação, em grupo ou mútua, beijo, fricção dos pênis e, eventualmente, sexo oral, ainda assim G0yz se consideram machos, e rechaçam o sexo anal por considerá-lo degradante ao homem de verdade.
Esta prática é feita apenas com mulheres, ainda, os g0ys afirmam que a relação natural entre pessoas do mesmo sexo (o que era muito comum na Grécia Antiga) foi denegrida pelo movimento gay moderno.
Talvez eles não saibam, mas a homossexualidade praticada na mesma Grécia Antiga incluía o sexo anal, com algumas restrições de fato, apenas os homens mais velhos que “apadrinhavam” adolescentes para inicia-los à sociedade eram ativos, assim surge o conceito de pederastia.
Muito comum naquela época, o adolescente já a partir dos 12 anos, caso quisesse, ganhava um amante mais velho, que seria a espécie de um mentor. Os que não possuíam tal amante eram visto como pobres coitados.
A verdade é que nas sociedades antigas como em Roma, o sexo não era visto como prática única e exclusivamente para a procriação, portanto, a homossexualidade era aceitável. Sócrates acreditava que a inspiração se dava através do coito anal e o sexo com as mulheres resumia-se apenas à reprodução.
Contudo, quando o Imperador romano Constantino se converteu ao Cristianismo (e o Império Romano se espalhava pelo mundo), estes conceitos caíram por terra, a homossexualidade foi vista como sodomia e o sexo voltou as origens Islamitas, a de ser praticada para a reprodução.
O G-zero baseia-se no conceito de que o sexo anal foi usado como forma de degradação e poder em uma sociedade (época do Império Romano), de um rei a seus subordinados, ou de um vencedor para um derrotado, ou seja, em uma guerra aquele que perdia, servia de passivo para o homem, subjugando-o.
Em seu website oficial heterogoy.webnode.com, há uma série de regras que definem a vida dos g0ys, tais como: “G0ys não namoram nem casam com outros g0ys, têm no máximo uma amizade íntima.
Casam-se com mulheres”. “G0ys não devem se envolver com o universo gay”. “G0ys são machistas”. Daí pode-se ter uma noção de como um G0y possivelmente age e, embora digam que não são homofóbicos, o preconceito está velado em suas regras.
Enquanto a bandeira colorida é erguida, a azul nasce como um contraponto que diz “Estamos aqui e não somos iguais a vocês!”, isso pode gerar uma problemática à medida que o preconceito que deveria ser combatido por todos torna-se árdua tarefa para uns.
Mas convenhamos que G0yz, ainda que não sejam como já dito homofóbicos e, sobretudo gays, também sofrerão preconceito, pois para um Brasil “Cabra Macho”, o homem que, desculpem o português escrachado, chupa outro também é viado!
Então, mais um grupo diverso na complexidade da raça humana e suas ações, que haja respeito e vazão para seus desejos. Ode a nós homens de bem e boa vontade, e que todos possam lutar pela liberdade de serem o que são.