Editorial

Anderson Andrade
Editor

Abril mês do Índio, Tiradentes, Páscoa, o carnaval se foi e é o fim da quaresma, é o quarto mês do ano e com ele a quarta edição do Boletim Pró-Diversidade.
Nessa edição resolvemos voltar ao tema livre das duas primeiras edições, porém nossa capa é onde estão nossos índios? Sim dia 19 de abril é “comemorado” o dia daqueles que habitavam esta terra até a chegada por engano ou não dos portugueses e colonizadores do nosso país, que cresceu, as cidades foram feitas e com pouco espaço para natureza e consequentemente para os índios.

Curioso ou não o município de São Paulo possui a quarta maior população indígena (população absoluta) no Brasil: 12.977 índios, segundo o IBGE, só que desses os encontramos da seguinte forma: três aldeias Guarani localizadas na zona sul e oeste (Terras Indígenas Jaraguá, Barragem, Krukutu e Tenondé Porã) onde vivem 867 índios, enquanto mais de doze mil estão espalhados por diversos bairros de São Paulo, morando em casas, utilizando hospitais, estudando, enfim, igual a todos, como sugere a hastag #somostodosmacacos, criada por uma agência de marketing que ajuda a cuidar da carreira do jogador de futebol Neymar que havia sofrido racismo na Espanha e aproveitou o fato da banana atirada no compatriota e companheiro de equipe Daniel Alves para mostrar que somos todos iguais.

O preconceito que está não só no futebol, mas também no basquete, vôlei, natação e em nosso cotidiano. E o que dizer da copa de todos, que pode ser a copa dos preconceituosos, já que para Adidas os americanos podem usar uma camiseta com a legenda “lookin´to score”, que é uma gíria com conotação sexual e uma mulata de biquíni, pois é a imagem que os “gringos” (sim usei uma gíria preconceituosa) têm do nosso país, ou que o Cristiano Ronaldo é gay como sugere a linha de camisas da Sérgio K… “não pera”, ele pode ser apenas um g0y, ou seja, ele pode ter relações com intima com homens (não praticar sexo anal), mas deve casar com mulher…brincadeiras preconceituosas a parte, nossa super mãe prega que devemos saber respeitar e que onde termina o seu direito, começa o meu. A diva da administração pública fala sobre dengue e sobre atestado, esse mês foi realmente duro e confesso que até esse que escreve precisou de um atestado médico. Sem mais delonga, boa leitura a todos e até o próximo mês!

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