Daniele Barbieri Coppi |
Ganhei do meu pai o primeiro quadro de uma banda, foi do New Kids On The Block. Amava. Meu pai me ensinou a escrever, trazia bala de menta quando voltava de viagem, me ensinou a cantar sertanejo. Eu o ensinei a dançar dance rs. Ele me levava para viajar.
Foi um pai presente até se separar da minha mãe. Quando se separou dela, se separou de nós. Não sei como conseguiu. Minha mãe não falava com ele e nós sempre tinhamos que ligar e pedir algo. Ficar enchendo o saco mesmo. O meu irmão sempre foi mais conivente ao meu pai.
Uma vez ele bateu na minha mãe e nos arrumamos para ir embora e ele quis ficar com ele, fiquei indignada. Meu pai sempre traiu a minha mãe. Traiu muito. Como uma boa filha, fiquei ao lado da minha mãe.
Eu tomava a frente para cobrar pensão e arrumei muita briga com ele. Ele deixou de ser presente e prosseguiu a vida.
Prosperou nos negócios arranjou uma namorada com oito anos a mais que eu, mas continuou se preocupando só com o meu irmão.
Ele não é um avô presente, na verdade viu somente três deles, uma única vez. Em contrapartida meu irmão voltou a morar com ele. Casou – se e também trabalha com ele. Ele sempre discordou que eu tivesse filhos antes de uma faculdade ou de casar. Preconceituoso que não honrou o próprio casamento.
Agora como ex-mulher vejo o brilho nos olhos do Jorge em relação às crianças, e até o meu filho de três anos ele cuida, se precisar leva no médico e tudo mais, mesmo estando separados.
Eu sempre tomo a frente quando é para pedir algo para ele. Talvez nossa história com nossos filhos tenha um rumo diferente da minha e do meu pai.
Espero que os pais pensem mais nos filhos afinal eles são o nosso coração fora do nosso corpo.