Daniele Barbieri Coppi |
A igualdade que queremos
Olá amigos,
Sumi porque estou trabalhando muito. Muito mesmo.
Quero contar um acontecido. Infelizmente algo que me incomodou, só para variar. Trabalho em 2 locais. Um deles dou apoio a operação e isso faz com que sejam mais próximos a mim do que dos supervisores.
Recentemente foi admitida uma transexual que está passando por acompanhamento no hospital das clinicas e em breve fará a cirurgia de mudança. Em seus documentos tem o nome masculino, porém é totalmente feminina. Ela me pediu para chama-la pelo nome social e para não divulgar seu nome de batismo, com cara de preocupação. Eu disse que por mim não haveria problema algum. Só que precisava de autorização dos meus superiores para chama-la assim, sem que houvesse maiores problemas com as regras da empresa na qual sou contratada.
Fui a supervisão e o primeiro que falou comigo foi um homem. Disse que por ele não teria problema algum e que poderíamos chama-la da forma que ela pediu. Só não poderíamos mudar o sistema pois é atrelado aos documentos. Entendi e aceitei, afinal já era uma vitória em meio ao preconceito pesado que todos sofremos.
Depois falei com uma mulher e para minha surpresa ouvi que não seria possível e mais, que ela também não poderia usar o banheiro feminino. Argumentou que em uma outra empresa aconteceu o mesmo e que seria desta forma. Eu a questionei, afinal o banheiro tem suas divisórias e que poderia apostar que muitas mulheres não teriam o menor problema. Ela foi incisiva e disse que não deveria ser chamada pelo nome social.
Partir de uma mulher, que deveria lutar pelos direitos de igualdades é péssimo. Sempre criticamos os homens. Todos eles. Mas, me surpreendi desta vez.
Essa semana levei o caso a gerencia. Depois divulgo a resposta do que foi decidido. Em um mundo de evolução não pode acontecer isso. Se no shopping que é um local público pode, porque em seu local de trabalho que é privado não. O por que não poderia? Qual será a resposta?
E para reflexão: “Ninguém nasce mulher. Torna-se uma” Simone de Beauvoir