Se o mundo mudou, imagine as formas de atender clientes…. Certamente não dá para ficar sentado esperando que o consumidor, sozinho, se motive a comprar seus produtos e serviços. Se isso já não era verdade na segunda metade do século XX, imagine agora!
O que muitos comerciantes se negam a entender, e por isso perdem dinheiro e oportunidades, é que existe um multiverso diverso e plural de clientes LGBTI+ dispostos a gastar dinheiro com bens e serviços. Mas, que muitas vezes encontram atendentes destreinados, empecilhos na diversidade de opções e muito preconceito, é claro.
Chegou a hora de mudar isso…. Se quiser sobreviver às flutuações do mercado. Siga nossas dicas e se prepare para o sucesso:
Os consumidores LGBTI+ tem poder aquisitivo. Fazendo uma rápida pesquisa na internet, com uso de IA, por exemplo, confira os resultados:
“Escala global: Estima-se que o poder de gasto anual da comunidade LGBTQIA+ no mundo seja de US$ 3,9 trilhões, um valor que continua a crescer. Brasil: No Brasil, o poder de compra da comunidade LGBTQIA+ é estimado em R$ 460 bilhões, representando um grande mercado com potencial de crescimento. Estatísticas: Pesquisas indicam que a comunidade LGBTQIA+ tem um gasto médio por lar no e-commerce superior ao das famílias tradicionais, com um ticket médio de R$ 363 contra R$ 286, respectivamente”.
Ou seja, são homens, mulheres, binários e não-bináries que estão dispostos a consumir, meu caro. Eles e elas trabalham, tem renda fixa e esperam um lugar para investir seus recursos. Será que manter atendentes destreinados vai te ajudar a morder essa fatia do mercado?
Segunda coisa, atrair o público LGBTI+ para seu negócio não significa dizer que você terá de mudar sua identidade (seja da empresa ou do proprietário). Claro que não! Significa apenas que seu negócio será um lugar de acolhimento e respeito. Ou seja, quando a diversidade de clientes entrar pela sua porta ou acessar seu canal de vendas encontrarão funcionários que não farão olhares de deboche, que saberão entender o que os clientes desejam, que poderão ofertar diversidade de produtos e serviços para atender demandas específicas.
Por exemplo, você é um grande artesão e vende calçados. Por que não fazer calçados coloridos com numeração acima de 39? Garanto que venderá bastante, pois a falta de opções obriga os consumidores brasileiros a comprarem fora do país, quando poderiam comprar com você.
A forma como você expõe os produtos pode ser atualizada. Se questione o quanto você deixa de vender se prendendo as alas “masculinas” e “femininas”. Você pode até manter esta separação, se assim desejar (para cada caso um caso…). Mas, quando entra uma cliente trans em seu estabelecimento se torna desnecessário essa subdivisão. Foque no corpo e tamanho que ela procura, sem adjetivações. Na venda de itens como bijuterias, essas divisões atrapalham muito mais, lembre-se disso.
Conheça o calendário anual da diversidade LGBTI+. Faça promoções, troque divulgação por ofertas, ofereça cafés e chás. Transformar a venda em um momento agradável, no qual o cliente para de correr por um segundo e dá atenção ao seu negócio fideliza, com certeza. Que outras dicas vocês consideram importantes? Fala para nós!
Foto de capa por Demian Smit
