A visão que eu tenho de mim, a que os outros tem de mim e Wind Breaker

Esse texto nasceu de uma brincadeira do Dan comigo e quero dedicá-lo a ele em especial. <3

Olá, pessoal, tudo bem? Hoje eu venho falar de brigas, gangues, pavio curto e pessoas fofas? É isso mesmo? Sim, é isso mesmo, mas também vou falar um pouco de mim com base em uma obra que assisti à animação e li o mangá chamada Wind Breaker.

Wind Breaker é uma série de mangá ainda em publicação desde 2021 contando com 20 volumes. Em 2024 ganhou sua primeira temporada em anime contando com 12 episódios que narram a história de Haruka Sakura, um jovem de aparência peculiar, seus olhos são de cores diferentes, um castanho cor de mel, quase dourado e o outro preto escuro. Além disso seus cabelos são também de duas tonações, branco com preto e devido a isso sua vida até aquele momento era sofrendo todo o tipo de hostilização o que fez com que ele respondesse a tudo com violência para se defender.

Seu objetivo é apenas um, subir ao topo da maior escola de delinquentes conhecida na área, o Fuurin utilizando sua força para atropelar todos em seu caminho, mas o que parecia ser apenas mais uma história de brigas de prova de força se torna algo completamente diferente quando Sakura descobre que a outrora maior escola de delinquentes não só é querida por todos no bairro como também são os protetores dos cidadãos e tem um novo nome, o Bofuurin (No caso o Corta Vento do título da obra).

Logo no início Wind Breaker quebra algumas de suas expectativas, mostrando que a obra não vai tomar um rumo de batalhas pela força, mas que será um algo mais, algo que vejo como o ponto principal da obra. Resumindo em uma frase o que é a obra, “Nem tudo é o que parece.” O colégio de delinquentes se mostra uma grande família de pessoas que antes eram renegadas socialmente, mas que com a aceitação das pessoas passou a ser um importante elemento daquela comunidade, o líder do colégio, o rival que Sakura antes pensava em derrubar é alguém acolhedor e sua subida ao topo não foi por sua força e sim por esse jeito de ser que abraça e ver valor em todos e mais importante, sobre como o próprio Sakura se vê e quem de fato ele seja.

No começo eu falei que esse texto nasceu de uma brincadeira que o Dan faz comigo e ela nada mais é que dizer “Marcos, você é muito a cara do Sakura, você é ele todinho” e eu obviamente responder que não, mas a verdade é que de fato eu e ele temos mais coisas em comum do que eu gostaria de admitir. Para explicar melhor sobre isso vou colocar em perspectiva o título desse texto que é uma das grandes surpresas desse mangá e acredito que um dos seus pontos mais fortes.

Sakura por ser hostilizado desde que ele se entende por gente acredita que todas as pessoas pensam o mesmo dele: Alguém mal-encarado que não merece qualquer manifestação de gentileza, apenas o ódio e a violência. Mas logo ao chegar ele nota uma garota em uma situação perigosa e não hesita em ajudar, pois ele não tolera abuso de pessoas que se consideram fracos. Ou seja, como alguém com uma intenção tão nobre, a de usar sua força para ajudar os fracos, pode ser digna apenas de ódio? Essa é a jornada de Sakura, a de, através das lentes de outros, ver quem de fato ele é e que ele merece muito mais do que pensa. Marcos, você falou do Sakura, mas o que vocês têm em comum mesmo? Bom, eu também estou passando por um processo bem semelhante ao dele. Por muito tempo, assim como o próprio Sakura, eu dei ouvidos para o que diziam que eu era, desde encrenqueiro, má influência, degenerado, mal caráter e até demônio, para notar o que eu sou de verdade: Uma pessoa que tem seus problemas, mas uma boa alma e muito digna de afeto, amor e coisas boas.

A família Bofurin vai aos poucos mostrando para Sakura que toda a faixada de valentão mal-encarado é uma forma de fugir das pessoas por medo de se magoar e aos poucos ele se torna mais o que de fato ele é, uma pessoa de bom coração e de boas intenções, que se alegra com um pequeno gesto de gentileza de uma pessoa como ganhar um doce ou um pão e ao inserir-se em meio aquele bairro, mais e mais ele vai ganhando uma grande família.

Comigo não foi tão diferente. É um trabalho constante tirar estigmas de que sou alguém indigno de carinho e gentileza e que lidar com ofensas e violências é muito mais simples e fácil. Eu posso ser uma pessoa difícil em certos momentos, mas quem não é não é mesmo? E assim como o Sakura eu posso bater no peito e dizer que sou ponta firme, leal e dedicado para com as pessoas que são hoje o que chamo de família e espero poder dar a elas, assim como nosso personagem principal de Wind Breaker, todo o suporte que recebo dessas pessoas mesmo que seja um pouco.

No fim, um pequeno desabafo, a verdade é que eu e o Sakura não parecemos, mas a gente é fofo para caramba e dois amorzinhos, mas não contem para ninguém senão a gente quebra vocês na porrada. ÒÓ

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