Analisando os últimos acontecimentos, percebi que quando morre algum famoso quase que imediatamente o número de seguidores aumenta drasticamente. Alguns chegam a dobrar o número. Mas por que não seguiam antes?! Por que esperar a pessoa morrer para começar a seguir?! Qual o sentido de começar seguir alguém que não vai mais postar?! Em casos extremos seguem também amigos e familiares dos falecidos. Essa atitude vai além da curiosidade e chega a ser doentia. Não consigo entender o sentido disso.
Existem pessoas mórbidas, que gostam de tragédia e muitas, infelizmente, vivem da desgraça alheia. Procuram por fotos de acidentes e corpos sem vida para lucrar nem que seja em troca de alguns likes. Não é de hoje que estamos acostumados com jornais, programas de rádio e televisão sanguinários. Lembro como se fosse hoje das histórias macabras de Gil Gomes com seu bordão “Gil Gomes lhes diz” e do popular “espreme que sai sangue”, jornal impresso Notícias Populares.
Não é à toa que Datena e Sonia Abrão continuam em “alta” na programação. O brasileiro aprecia este tipo de notícia sensacionalista e se alimenta por semanas delas. Se estão no ar é porque dão ibope. A morte para alguns meios de comunicação, traz satisfação e “conforto” aos urubus de plantão.
Outra coisa que sempre achei bizarra, são os “jornalistas de cemitério”, não me refiro aos que fazem coberturas da morte de famosos. Refiro-me aqueles sem noção mesmo, que invadem velórios e perguntam coisas toscas, sem sentido e que não sabem respeitar o luto e muito menos a profissão. Cansei de ver jornalistas perguntando para o familiar de quem acabou de ser enterrado o que ele estava sentindo naquele momento. Oi?! A ética e discernimento devem vir em primeiro lugar em inúmeras situações, principalmente para nós jornalistas. Sim, tem coisas que não aceito e acho ridículo no meio profissional. Essa é uma delas! Desculpa, não entrevisto parentes e amigos de recém falecidos.
Outra observação são os posts coletivos sobre a brevidade da vida logo após um acontecimento trágico e repentino. Mas postar isso como um surto coletivo te faz realmente pensar sobre o assunto ou você faz sem pensar?! Tomara que não seja em vão. Que você realmente entenda o significado daquilo que esteja postando naquele momento e que realmente faça sentido para a sua vida.
Fã é fã, não deixa de ser quando seu ídolo falece ou se aposenta. Deixo aqui o questionamento…
Será que realmente existe fã post mortem?! Aqueles que nem sabiam da existência, mas passam a seguir após a morte?! Se existe fã póstumo não sei, mas que é bizarro, é!