Desde 2015, quando foi criada a Campanha Setembro Amarelo, pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Brasileira de Psiquiatria, esse mês chega para chamar atenção à prevenção do suicídio no Brasil. Infelizmente, uma a cada 100 mortes no mundo foram por suicídio no ano de 2019. Entre os anos de 2000 e 2019, as taxas aumentaram 17% na região das Américas, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Mas por que Amarelo?
A cor amarela tem diversos significados em múltiplas culturas, como a representação do ouro, os raios brilhantes do Sol, a juventude, a energia, o esclarecimento e etc. Na China é a cor imperial e do solo fértil. No Islã, o amarelo dourado simboliza o conselho sábio, a sabedoria.
Entretanto, diante de tantas virtudes, o amarelo se tornou a cor de uma campanha mundial de prevenção ao suicídio. Isso porque, em 1994, um jovem de 17 anos chamado Mike Emme, cometeu suicídio dentro de seu Ford Mustang 1968. O carro era o principal passatempo de Mike, e ele o tinha reformado e pintado de amarelo.
O adolescente cometeu suicídio por não saber pedir ajuda e depois de sua morte foi descoberto que Mike tinha sinais de depressão. Em seu funeral, seus pais distribuíram cartões com fitas amarelas para todos os que estavam presentes. No cartão estava escrito a frase “se você está pensando em suicídio, entregue este cartão a alguém e peça ajuda!”. Desde então, a cor amarela passou a ter um novo significado, o mesmo significa o dos semáforos: ATENÇÃO!
Portanto, caso você conheça alguém que necessite dessa “atenção”, acolha e encaminhe a um profissional especializado. O suicídio já é uma epidemia e uma dura realidade. A campanha tem o objetivo de despertar nossa atenção ao tema que atinge pessoas pelo mundo de todas as idades.
Uma cartilha foi desenvolvida pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e Conselho Federal de Medicina (CFM) em Brasília, 2014 e está disponível no link abaixo a Cartilha Suicídio: Informando para Prevenir. Nela, todas as informações estão disponíveis, assim como os canais de contato, para as pessoas que se encontram nessa situação.
Foto de capa por Suleyman Seykan no Pexels
Uma resposta
Na última década, nós professores temos percebido a chegada de do adoecimento mental cada vez mais cedo nos adolescentes, com a ocorrência de automutilação e suicídio, infelizmente sempre tratado pelo viés da religiosidade e do preconceito. Espero que num futuro próximo, o Ministério da Saúde se preocupe em combater de maneira mais incisiva esses males em meios escolares.