Ei, você curte a nostalgia da era oitentista?! Acredite se quiser, esse texto é para você, vem comigo!
Na minha opinião, os anos oitenta e noventa foram os mais divertidos. Músicas, filmes, guloseimas, brincadeiras, roupas, cortes de cabelo, programas de televisão, bebidas e as icônicas festas de aniversários.
Os aniversários daquela época eram simples, mas quase sempre com fartura de comida, gente bacana e música boa. Brotavam amigos de todos os lados, vizinhos, amigos de amigos, parentes de vizinhos e assim vai. Salgadinhos, sanduíches cortados em triangulo com patê de atum, barquinhas de maionese, sanduíche de carne louca, bolinhas de batata em conserva, muita tubaína e Baré Cola (refrigerante a base de cola da época) compunham o cardápio.
Quando meus pais não tinham condições para comprar refrigerantes, minha mãe apostava no chá mate gelado com limão (fazia sucesso). Claro, que não posso deixar de mencionar as mesas decoradas com papel crepom (que depois eram usados nos cabelos), os bolos enormes cobertos com chantilly e aquelas benditas bolinhas prateadas – sensação do momento. Desconfiava que aquele confeito pudesse ser algum tipo de veneno (risos).
Na vitrola, os Menudos comandavam a festa. Brigadeiro, beijinho, cajuzinho e olho de sogra não faltavam. Adorava mesmo as balas de coco geladas que, se auto pintavam dependendo da cor do papel que as embalavam. Tinha também a bexiga gigante recheada de balas sortidas – BOOM – era bala voando e criança se “estapeando” por todos os lados. Até hoje não sei como ninguém se machucava. Acho que a gente já nasceu resistente. A galera gostava mesmo de emoção. Até que alguém teve a infeliz ideia de colocar velinhas nas gelatinas para “os parabéns” ficar diferente. E não é que um dia ficou mesmo?! Imagina um monte de crianças amontoadas segurando gelatinas com velas?! Óbvio que deu merda! Uma criança chegou em casa com o cabelo chamuscado, mas o saquinho surpresa estava garantido.
Alguns sabores da infância não deveriam morrer nunca: a maria-mole, o sagu, doce de mocotó rosa e branco; balas Juquinha, Mentex, Sugus, Toffe, Skate, Fizz (o recheio borbulhava na boca); chiclete Ping Pong, Bolin Bola, chicletes Plets (o preferido da minha mãe), Bubballo, Minichichets; pastilhas de frutas Docile; biscoitos de ursinho Fofys; Pirocóptero; Dip’n’Lik; chocolate Surpresa; biscoitos Mirabel; pirulito de caramelo do Zorro; chocolate Kri; sorvete Fura-Bolo; balas de tirinhas Klep’s; barrinhas de menta Garoto; Drops Dulcora; chiclete azedinho em tirinhas de morango Adams; Sparkies (dava para tingir roupa); picolé Frutilly com seus palitos plásticos; balas de Coca-Cola; arroz rosa no saquinho (parecia isopor). Nossa, da para escrever um livro só com essas delícias!
Minha mãe sempre cuidadosa dava um jeito de eu e meus irmãos não engasgarmos por causa da famosa bala “assassina” Soft. Ela envolvia as balas num pano de prato e quebrava com o martelo de carne. Sua maneira fofa de nos proteger. Virava e mexia algum amigo chegava na escola com a marca da palma da mão nas costas. Sempre com uma história de terror com a tal bala. A Big Bol, diziam que grudava as tripas – você mastigava e virava chiclete, a maioria das crianças engolia e não morria. (risos)
Quem nunca brincou de fumar o cigarrinho de chocolate da Pan?! Era horrível, mas todo mundo comia. Tinha também o guarda-chuva, as moedinhas de chocolate e umas balinhas coloridas com gosto de remédio. Juro! Implorava para minha mãe trazer da feira aqueles sucos que vinham em revolver de plástico. Acho que tenho o fígado colorido até hoje por causa deles. E o pacotinho minúsculo de Ki-Suco?! Se bobear dava para pintar a casa com apenas uma embalagem. Passatempo, bala 7 Belo, Toblerone, paçoquinha Amor, Baton, Lolo, Xup Xup, Stikadinho, Dadinho e aquelas balas redondas de canela?! Ainda estão dando pinta por aí! É verdade esse bilhete!
Dias desses bateu uma saudade de ouvir o som das fichas telefônicas caindo no orelhão, das conversas com os amigos na rua até tarde imaginando como seria o futuro. Saudade de pegar minha Ceci lilás e sair por aí, jogar taco, queimada, mãe da rua, pula-sela, pega-pega, polícia e ladrão, pular elástico, seis corta, andar de skate. Do carrinho de rolimã, futebol de botão e empinar pipa com meu pai. Saudade dos bailinhos com a temida vassoura, dos passinhos, da pêra, uva, maça, salada mista. Sem contar as incansáveis horas jogando ATARI até dar cãibra na mão. Pedro Veraszto escreveu: “houve um dia em que pela última vez você e seus amigos de infância saíram para brincar na rua e voltaram para suas casas sem que nenhum de vocês soubesse que seria a última vez”. Triste constatação!
Sonhei que tinha uns dez anos e estava sentada na sala de casa com meus pais e irmãos, tomando leite com achocolatado e assistindo Caverna do Dragão. Pena que esse tempo não volta mais, só restou saudade de tudo o que ficou para trás.
Respostas de 6
Texto mais que maravilhoso! Ri, me emocionei e vibrei! Vc é extraordinária!
A ideia era realmente tocar as pessoas de alguma forma. Muito feliz que tenha gostado, rememorado e se divertido. Bj gigante
Texto maravilhoso!!!!
Muito obrigada pela leitura e feliz por proporcionar essa deliciosa lembrança. Beijo
Minha menina você me fez voltar no tempo. Realmente foi muito gostoso relembrar e fico feliz por você ter tudo isso guardado em suas lembranças. Te amo.
Mãe, agradeço a você por todos esses momentos únicos. Vou guardar para sempre no meu coração! Te amo!