Conhecida também como relógio de areia e considerada uma das primeiras formas de medir o tempo, a ampulheta – diferentemente do relógio convencional, marca o tempo pela queda constante de grãos de areia. Sua primeira aparição foi no século VIII, criada pelo monge Liutprand, e apresentada na Catedral de Chartres na França. Somente no século XIV que o ganhou fama através de diversas pinturas.
Quando era adolescente, lembro da minha mãe dizendo que depois de uma determinada idade, o tempo não passava rápido – ele voava. Dia desses, me peguei pensando nessa frase dela e em como este ano voou. O padre Fabio de Melo disse para encerrarmos sempre o passado e dele guardar somente o aprendizado, porque o único tempo que realmente nos resta é o momento presente.
Confesso que não vi o tempo passar, às vezes, me sinto viajando dentro de um trem, conhecendo pessoas, apreciando a paisagem e “escrevendo” a história de tudo que observo atentamente através da janela.
Será que sabemos aproveitar nosso tempo?! O “nosso” tempo é individual e pode ter significados diversos dependendo de cada situação. Numa sala de espera, durante uma competição ou cirurgia, no trajeto de uma viagem, gestação, no aguardar de alguma resposta, no resultado de algum exame, nas chegadas e partidas, nas pausas que alguns relacionamentos impõem. Inúmeras coisas exigem tempo. Nossas vidas estão programadas com prazo de validade.
Apenas uma única vez me pediram “um tempo” num relacionamento. Eu respondi que não sou relógio para calcular tempo. Prefiro romper a esperar por algo indefinido. Prefiro que a pessoa siga a vida e me procure quando estiver certa do que quer. Depois a gente conversa e vê o que acontece. Gosto de prazos, mesmo sabendo que não temos o controle de absolutamente nada.
Dizem que tempo é dinheiro. Não! Tempo é tempo e cada um tem o seu. Tempo de curar, refletir, interpretar, absorver. Mas será que estamos preparados para o tempo que o tempo nos dá?! Na vida, tudo é uma questão de tempo – ele resolve tudo!
No texto “Não deixe para amanhã” falo justamente sobre as coisas importantes que sempre deixamos de lado. Quer tomar uma xícara de inspiração?! Leia!
Carpinejar escreveu que os melhores momentos da vida são os minutos que vão durar décadas na memória. Aproveite sempre todos os momentos, eles são perfeitos, únicos e jamais se repetirão.
Cazuza já tinha cantado a bola, o tempo NÃO para. Atente-se ao tempo de cada ampulheta!