Talvez você não saiba, mas com certeza já deve ter cruzado com a serendipidade em algum momento da sua vida. Ela é o ato ou a capacidade de descobrir coisas boas por mero acaso, sem previsão e inesperadamente.
Temos dezenas de casos de serendipidade que se tornaram grandes invenções como: a borracha vulcanizada, a insulina, a cola Super Bonder, o raio X, o LSD, a penicilina, o viagra, o picolé, a sacarina, o forno de micro-ondas, cookies de chocolate, o palito de fósforo, o teflon, o cereal matinal, a Coca-Cola, a batata chips, o marca-passo, o velcro, a uva passa, a casquinha de sorvete, o aspartame, o iogurte, o queijo gorgonzola, o óxido nitroso, os fogos de artifício, impermeabilizante de tecidos, o post-it, o plástico, a vaselina, a pólvora, a dinamite, a fissão nuclear, o primeiro corante (malve), o vidro laminado, a anestesia e a mola maluca (sim, aquela dos anos 80).
Louis Pasteur disse que “o acaso só favorece a mente preparada”. A criatividade ligada a técnicas de desenvolvimento do potencial criativo de um adulto, aliada a inteligência, perseverança e senso de observação, pode ser considerada um serendipismo.
O encontro fortuito de um membro da família, um amigo ou antigo amor depois de muitos anos também são casos de serendipidade, mas só é considerada desde que lhe traga boas lembranças ou sensações. Caso contrário é azar mesmo! (risos).
Particularmente não acredito muito em “acasos”, acho que muitas coisas já estão predestinadas para acontecer, com exceção das “invenções” citadas acima. Aconteceu um caso de serendipidade com meu pai, conforme mencionei no texto “Feliz dia dos pais todos os dias”, e foi por conta deste acontecimento que conheci meu avô paterno.
Fico dividida entre a casualidade e o destino, mas muitos desses encontros me trouxeram inúmeras alegrias. Algumas viraram paixões, romances e outras dezenas uma deliciosa amizade. Costumo não pensar muito em respostas para certos acontecimentos, prefiro viver o que me foi oferecido. Acredito que somos ponte para nos conectarmos a outras pessoas e vice-versa. Acabamos nos cruzando uns aos outros como “algoritmos” programados exatamente para essas conexões.
Nas músicas “Pra dizer adeus” e “Epitáfio” dos Titãs, podemos observar dois casos de serendipidade – “Você apareceu do nada e você mexeu demais comigo, não quero ser só mais um amigo” e “O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído”.
Se você tiver curiosidade em saber como aconteceram essas invenções acidentais, é só pesquisar na internet. Tem matérias com todos os dados sobre quem inventou, quando e como aconteceu.
E você, já viveu alguma experiência dessas?! Conta pra nós!
Por Daniela Houck,
para sua coluna Café com Respeito!
Respostas de 2
Eu tenho uma história legal na minha família. Bem o começo não é tão legal assim… Nos anos 1940 minha bisavó e minha avó, ainda criança , tiveram hanseníase e com isso meu bisavó sumiu no mundo e minha tia avó foi levada à adoção. Elas se curaram e se retomaram contato com essa minha tia Hanna. há uns dez anos, minha tia Hanna começou a procurar pessoas de mesmo sobrenome da família, Chibani. Nisso descobriu, sem intenção alguma, que meu bisavó teve outras duas famílias depois que sumiu no mundo e ainda teve mais duas filhas e minha tia-avó descobriu isso encontrando sua irmã e sua sobrinha, filha da outra irmã no Facebook. Inclusive, uma dessas irmãs era sozinha no mundo e ficou feliz de encontrar alguém da família.
Puxa Dan, que bacana. A serendipidade nos proporciona encontros ímpares. Amo!